quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Você tem que admitir.


Cristão ou não, gostando ou não, você tem que admitir. Não há ninguém que seja mais importante na história da humanidade que este menino cujo nascimento é celebrado em quase todo o mundo hoje. Além de dividir a história da humanidade e influenciar a contagem dos tempos, ele é sem dúvida a imagem mais perfeita do que entendemos como amor. Mesmo que você não acredite na divindade, na espiritualidade ou na obra redentora da cruz, ainda sim, Ele é e sempre será o melhor exemplo a ser mencionado sobre bondade, justiça, altruísmo, caridade e “humanidade”. E ao enxergar o mundo é fácil perceber que é de exemplos como o desse menino nascido em Belém que necessitamos. As provas e documentos históricos já são suficientes pra provar a veracidade da história de vida desse menino Filho de Deus, mas ainda que isso tudo fosse uma fábula inventada, você precisa concordar, é sem dúvida a mais amável e cheia de benevolência história já contada. Sobre qualquer que seja o prisma; religioso, histórico, antropológico, social , seja você cristão, Judeu, budista, muçulmano, espírita, ateu ou de qualquer outra crença, é fato que se metade de nós ao menos o tivéssemos por exemplo de conduta, o mundo não iria tão mal.
Seria lindo entender que esse nascimento, essa história, essa vida não nos foi concedida pura e simplesmente para a celebração, mas acima de tudo para a reflexão. Que tal manter esse espírito de afeto, perdão, solidariedade, amizade e bondade por toda nossa vida? Que tal lutar pra não permitir que com o fim de Dezembro seja o começo do que sempre é, a vida comum!? Que tal aceitarmos o desafio de viver um natal dentro de nós e não fora? Você tem que admitir...não depende dos maus, só depende de nós.
FELIZ NATAL!!!

André Prueza.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Música e o cristão

Você gosta demais de um ator, admira seu trabalho, seus filmes, na verdade não perde um. Ele não é cristão, mas um excelente profissional cujo talento e arte cativou você. Você como cristão tem esse direito. Certo? Acho que sim.
Já se você gostar de um cantor, admirar seu trabalho, suas músicas, cujas canções falem sobre o cotidiano, amor, diversão (como um filme). Se ele não for "gospel"!? Você segundo "alguns" não tem esse direito. Porque a arte dele é a música e música é adoração....Certo?...ERRADO!
   Adoração não é música, na verdade tem  pouco a ver com música, momentos devocionais com canções de adoração são comuns nas igrejas e totalmente louváveis( em minha opinião), por que a mensagem de uma canção pode elevar espíritos, quebrantar corações, fortalecer a fé entre outras coisas, mas alguém pode ser um exímio desafinado crônico, ou se quer gostar de música (acredite, existe quem não gosta) e ser um adorador excelente. Nunca vimos Daniel com um shofar ou harpa, nunca ouvimos sobre ministrações de louvor com o apóstolo Paulo, mas suas vidas não podem esconder sua adoração. Um palestrante certa vez disse que o corredor mais próximo entre a presença de Deus e o coração de um homem é uma canção.Concordo.
   O que acontece é que vinculamos nossos momentos devocionais a "música" e congelamos isso, discriminando entre Gospel e secular, de Deus e do mundo. Sem dúvidas a uma imensidão de canções totalmente descartáveis devido a mensagem sexual, imoral entre outros adjetivos pejorativos no que chamamos de "secular", mas não é a religião ou a categoria musical que determina se é proveitoso ou não. É A MENSAGEM. Estive essas semanas escutando algumas músicas "gospel" nas rádios mais comuns e confesso que encontrei algumas canções "não gospel" com muito mais de proveito que algumas chamadas "de Deus". Na cultura Judaica você não irá encontrar em toda canção uma alusão a Deus, existem músicas falando sobre o viver, amor, alegrias, tristezas e todo tipo de assunto.  Quem pode negar que "É preciso saber viver" de Roberto Carlos é muito mais edificante que muitos dos "hinos" tocados em nossas rádios cristãs!? Não estou aqui defendendo o secularismo devocional, sou defensor convicto da adoração numa linguagem direta, mas de alguma forma precisamos entender que precisamos parar de demonizar esse assunto. Música é uma arte que pode ser uma ferramenta poderosa de adoração, como um filme, uma dança, uma peça teatral. Mas não se engane achando que toda música só por conter as mágicas palavras.. Deus, Cruz, Jesus, Salvador (e etc) pronto!!! É de Deus. E também não espere que toda música seja para louvor. Nem todo filme é, e você assiste vários, nem toda peça é e você vai ao teatro(ou deveria ir). Não seja presunçoso ao ponto de achar que sua opinião vale mais que a verdade. O que contamina o homem é o que sai de sua boca e não o que entra nela. (um certo Nazareno disse isso). Analise a mensagem, o que a canção promove, onde ela te leva, caso seja bom, mesmo que não seja "gospel", você é livre pra ouvir. É meu esclarecimento sobre isso. Deus os abençoe.


André Prueza

terça-feira, 15 de outubro de 2013

ACHEI DEUS - Scott Stapp (por André Prueza)

Não é segredo pra ninguém que Scott Stapp (vocalista da banda Creed), tem origens cristãs, apesar de nunca ter vinculado seu trabalho na banda com o cristianismo. Encontramos inumeras canções de seu repertório com uma "ambíguidade intencional", carregadas de elementos que trazem reflexões sobre Deus e si mesmo. Cristão confesso ele usa seu trabalho e arte (música) para alcançar quem talvez nunca entraria numa igreja. Na  canção My sacrifice ele narra a história de dois amigos que algum tempo não se veem, um deles diz ter lembrança do "amor perfeito" que recebeu do outro. Leia a letra da canção e tire suas conclusões sobre quem é esse amigo.

Scott Stapp, Deus te abençoe.

Meu Sacrifício
Olá meu amigo, nos encontramos de novo
Já faz algum tempo, por onde devemos começar? Parece que faz uma eternidade
Dentro do meu coração existem lembranças
Do amor perfeito que você me deu
Eu lembro.

Quando você está comigo,
Eu sou livre...Eu sou despreocupado...Eu acredito
Acima de todos os outros nós voaremos
Isto traz lágrimas aos meus olhos
Meu sacrifício

Vimos nossa quota de altos e baixos
Oh, a rapidez com que a vida pode mudar em um instante
Parece ser tão bom reunir
Dentro de si mesmo e dentro de sua mente
Vamos achar a paz lá

Quando você está comigo,
Eu sou livre...Eu sou despreocupado...Eu acredito.
Acima de todos os outros nós voaremos
Isso traz lágrimas aos meus olhos
Meu sacrifício

Eu só queria dizer olá novamente
Eu só queria dizer olá novamente

ACHEI DEUS - John Lennon (por André Prueza)


O que um ateu convicto como John Lennon tem a nos dizer sobre Deus? Na verdade por sua própria filosofia muito pouco, a não ser pela paz que insistia em defender e a igualdade na qual se baseava seu posicionamento ativista. Na verdade Lennon ansiava em seu coração por algo que o Jesus que ele insitia em desacreditar havia prometido. Na canção “Imagine”,  John idealiza uma sociedade utópica onde todos seriam iguais, sem necessidades ou religiões,  algo muito parecido com o céu prometido por Cristo e supostamente negado na primeira estrofe da canção. De fato há algo muito “cristão” na imagem de sociedade feliz e alternativa que Lennon sonhava, porque ele esperava que a própria humanidade transformaria o mundo caótico na Utopia imaginada na letra do seu maior sucesso. De uma forma subversiva e até controversa John Lennon estaria encorajando a humanidade a ser como Jesus Cristo em seus discursos instruia que fosse, embora ao contrário de Lennon, o filho de Deus tivesse a certeza de que não se encotraria nos homens a força e o amor necessário pra que o mundo se tornasse um lugar perfeito. John foi um inconformado, que não achou o que buscava e nem pode ver o mundo do qual sua música falava. Cabe a Deus saber se um dia verá, torcemos que veja.

You may say, I'm a dreamer                                                           
But I'm not the only one
I hope some day You'll join us
And the world will live as one”


“Talvez você diga que eu sou um sonhador,
  mas eu não sou o único
  Espero que um dia você se junte a nós
  E o mundo então será como um só.”

 Se essas palavras não se aplicam a cada um dos que crêem nas palavras do Cristo, não sei quais se aplicariam.

Gênio John Lennon! Você errou acertando.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Easter eggs e cultura pop

Quem sou eu?

Eu sou o easter egg da foto principal do site do SOBREVIDA  (se quando você for ler esse texto e a foto já não estiver lá, reclame com o Alessandro). 






Easter eggs é com certeza uma das expressões da tão chamada cultura pop. 

Quem não gosta de cultura pop? todos nós gostamos... O "pop" é a abreviação de "popular". Pop é aquilo que está na boca do povo, o que está na moda, como o hit Gangnam Style (que pra cultura pop já está se deteriorando), ou clássicos (Star Wars, Super-Man e Batman etc...).

Os meios de comunicação são os principais veiculadores de cultura pop, como o cinema, os quadrinhos e principalmente a internet etc...

 "O diretor Quentin Tarantino é uma enciclopédia de cultura pop. Os diálogos sobre o assunto em seus filmes são sempre memoráveis, como a célebre discussão sobre o sentido do hit de Madonna “Like a Virgin” na seqüência inicial de Cães de Aluguel. Em seu último filme, Kill Bill 2, o personagem que dá título ao filme, interpretado por David Carradine, encena um monólogo sobre o Super-Man. Em um encontro com o diretor no aeroporto, o ator estreante Brandon Routh julgou a cena inspiradora para “Super-Man – O Retorno”."¹

"A cena traz Bill comparando Beatrix Kiddo (Uma Thurman) ao Super-Man em uma impressionante teoria sobre alter-egos de super-heróis: “O Super-Man não se transformou em Super-Man. Super-Man nasceu Super-Man. Quando ele acorda de manhã, ele é Super-Man. Seu alter ego é Clark Kent. (...) O que Kent usa – os óculos, o terno – aquele é o uniforme. Aquele é o uniforme que o Super-Man usa para se misturar a nós. Clark Kent é como o Super-Man nos vê. E quais as características de Clark Kent? Ele é fraco... ele é inseguro.. ele é um covarde. Clark Kent é a crítica do Super-Man para toda a raça humana”."¹

O que se esconde por trás da história de Super-Man? qual é o seu "easter egg"?, "Kal-El é filho único de Jor-El, que o envia à Terra para salvá-lo da destruição eminente do seu planeta. Em séculos, Kal-El foi o único ser de Kripton nascido de maneira natural, sem a utilização de processo artificial, num incrível paralelo com a concepção virginal de Jesus-Cristo. Antes de enviá-lo à Terra numa manjedoura high tech,  Jor-El consola sua mulher Lara que teme pela segurança do seu filho num planeta hostil: “Ele será um deus para eles”.²

"Ao chegar a Terra, Kal-El é criado por pais adotivos como Clark Kent, e aos 33 anos, se vê perante uma missão: sacrificar-se para salvar a humanidade de seu inimigo. Jesus-Cristo foi crucificado na mesma idade, para pagar pelos pecados de todos e garantir salvação. “O que Jesus-Cristo e Super-Man oferecem através de suas ações ‘humanas’ e heroicas é esperança”, diz o material enviado aos pastores."







Além deste paralelo proposital, outra coisa me chamou muita a atenção. Antes de enviá-lo para a Terra, seu pai toma um crânio que parecia de um ancestral humano, a que chama de Códex, e colocando-o numa aparato tecnológico, transfere para o corpo da criança o código de DNA de todos os kriptonianos. Quando Zod chega ao nosso planeta, sua intenção é terraformá-lo, transformando-o num novo Kripton e extrair de Clark Kent o DNA do seu povo, trazendo-o de volta à vida. Nunca havia visto este argumento antes. Kal-El (Super-Man) reúne em seu próprio corpo todos os membros de sua raça. Para mim, este foi o mais incrível paralelo que o filme faz com Jesus-Cristo (ainda que seus autores não tenham percebido isso). 

As Escrituras dizem que na plenitude dos tempos, Jesus-Cristo reuniu em Si mesmo todos os seres celestiais e terrenos. A partir daí, Deus Se relaciona com a humanidade em Jesus-Cristo. E é por estarmos "n'Ele" que temos a esperança da ressurreição."²

Maneiro né?



Aqui você poderá encontrar alguns easter eggs interessantes do novo filme do Super-Man, o  Homem de Aço (cuidado, contém spoiler).



 Edson M. Felisberto




O Deus que é meu Deus!

Olá meus amigos,

Continuando com aquele nosso papo sobre Deus conceito e o Pai de Jesus, gostaria de apresentar um vídeo, feito pelo amigo Chico intitulado "O Deus que é meu Deus", texto de Caio Fábio narrado  pelo nosso amigo Flávio Siqueira. Espero que gostem.

Edson M. Felisberto









O Deus que é meu Deus!
Quem é o meu Deus?
Bastaria dizer:
"Meu Deus é o Senhor!"
Ou afirmar:
"Meu Deus está em Cristo"
e, então, fazer um estudo bíblico sobre "Quem é Deus".
Mas não é isso que quero dizer. Quero falar de Deus em mim!
Portanto, nesse sentido, o "meu Deus" está crescendo. Digo, crescendo em mim!

Quem é o meu Deus?

Meu Deus é amor, pois antes de criar qualquer coisa Ele se ofereceu pela Sua própria criação!

Meu Deus é bondoso sobretudo quando me corrige e me disciplina, pois o faz a fim de mudar meus caminhos e meu sentir!

Meu Deus é manso, é humilde de coração, é suave, é leve e ensina com paciência!

Meu Deus não quebra o quebrado, não julga aquele que já se julgou, não lembra aquilo que a dor já clamou para esquecer!

Meus Deus é santo. Ele não se mistura com o mal. Ele tolera a maldade, mas não se faz cúmplice dela—um dia botará fim a todo mal!

Meu Deus é justo, mas não é justiceiro. Sua justiça maior é tornar justos os injustos!

Meu Deus é carinhoso, sabe fazer cafuné e oferece o peito para eu chorar!

Meus Deus é passional, é capaz de se irar, de me espremer, de ficar ofendido pelo meu descaso para com a Graça!

Meu Deus não muda, mas se arrepende; não tem surpresas, mas volta atrás; sabe tudo, mas se surpreende!

Meu Deus não quer ser Deus! Ele não busca essa posição! Ele é!

Meu Deus é extravagante, é chocante e tem prazer em criar o que ninguém conhece, e encontra prazer até em coisas que eu chamo de repugnantes!

Meus Deus tem gostos tão infinitos quanto assustadoras são as suas criaturas nos céus, na terra e em qualquer outro espaço ou dimensão!

Meu Deus pode esquecer tudo. Para Ele tudo o que já foi ainda não foi, e tudo o que será, para Ele já foi. Ele é!

Meu Deus é marido, é amante, é pai, é mãe, é amigo, é guerreiro, é brisa, é tempestade, é silêncio, é estrondo, é fogo, é água, é vida, é outras formas de vida—pois fez da morte uma passagem!

Meu Deus me assusta, me acalma, me apaixona, me aquieta, me põe para adiante e me faz parar!

Meu Deus ouve orações mas só responde como quer! Deixa eu querer e, por vezes, faz como a Ele peço!

Meu Deus esconde Sua vontade de mim. E me pede que a conheça. Assim, meu Deus me ordena a viver e a aprender!

Meu Deus fala, mas só entendo quando Ele revela!

Meu Deus é fiel, mesmo quando sou infiel. Mas não tolera que eu o negue. Ele prefere a pior confissão de traição que a não admissão da verdade!

Meu Deus não se farta com devoções exteriores. Ele só aceita louvores do coração!

Meu Deus morreu por mim!

Meu Deus ressuscitou por mim!

Meu Deus vive em mim!

Meu Deus está em mim mesmo quando meus atos não estão Nele!

É por isto que Ele é bom, e eu não!

É por isso que Ele é Deus e eu sou apenas um homem!

Eu o amo porque Ele me amou primeiro!

Meu Deus só é meu porque me fez ser Dele!


Caio Fábio
caiofabio.net | vemevetv.com.br
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Interpretação: Flávio Siqueira

Edição e Finalização: Francisco Pacheco



SOBREVIDA

Olá meus amigos,

Como vocês sabem, o SOBREVIDA é um projeto que pretende trazer reflexões sobre o amor de Deus, porém não apenas isso, queremos determinar quem nós somos a partir do que fazemos e não apenas no que acreditamos. 

Portanto o SOBREVIDA é um Projeto musical e social, que busca através de suas canções e ações promover o encontro de pessoas com Deus, com o próximo e com a vida.

Queremos através da música e da ação social libertadora, ser uma porta aberta, falar de vida, e para suprir essa nossa necessidade construímos esse blog, que é nosso espaço reflexivo, a nossa Ágora de Atenas.

Queremos que você se sinta a vontade em comentar, saiba que o salário de nosso trabalho é a sua edificação. 

Acreditamos que o Evangelho são as Boas Novas de Deus para todo o mundo, e por sua graça decidimos obedecer à missão de proclamar o evangelho a todo homem de forma integral, buscando justiça social, igualdade e o compartilhamento da suprema revelação divina que se configura em Jesus Cristo.

Sinta-se em casa.

SOBREVIDA

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Inspire-se



Inspire-se

Acordei hoje sem inspiração para escrever. Não adianta, sem inspiração não sai uma linha sequer. Eu dependo muito de inspiração, não posso bobear, pois a inspiração pode estar em qualquer lugar.

Aconteceu que me foi apresentado um livro chamado “Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil” de Leandro Narloch, livro muito interessante que fala sobre as inverdades e mitos da historia do Brasil. A pessoa que me apresentou o livro disse a seguinte frase: “Nossos heróis são humanos”... Era a frase que eu precisava.

“Nossos heróis são humanos”, há muito do que se falar desta frase. A primeira vista pode parecer óbvia, visto que os heróis são Homo Sapiens, portanto humanos. Porém o que está em jogo não é a lógica linear e sim a representatividade da palavra. Daí ser humano significa ser relativo, ser racional, ser passional, errar nos julgamentos, ser precipitado. Desta forma, a Bíblia também poderia ser chamado de guia politicamente incorreto, pois nela não falta exemplos de “humanidades”.

Davi foi o grande rei unificador de Israel, um campeão, herói de guerra e um poeta. Em um de seus salmos, Davi dizia que o homem sem o “fôlego” de Deus morria. O que é o fôlego senão a “inspiração”. Davi sabia o que estava cantando, tinha consciência de sua humanidade, portanto passível de erro, de paixões e dos impulsos da alma, portanto dependente da vida que vem através desta “ar”.

Davi fugia do ódio de Saul, atual rei de Israel que morria de ciúmes pelo que Davi representava para o povo e para Deus. Davi era considerado um homem a quem Deus amava de todo o coração, um homem sensível e cheio do sopro de Deus em suas narinas. Deus já havia dito que Davi seria o próximo rei, e isto enchia o coração do rei Saul de ódio e dor de cotovelos.

Certa feita, Davi, o homem que era conforme o coração de Deus, estando com seu exército na região do Monte Carmelo, enviou mensageiros a um homem chamado Nabal pedindo alimentos e água, posto que Davi com seu exército de homens valentes agia como um protetor de seu rebanho sem este saber. Acontece que Nabal era estúpido.  Nabal se negou a enviar as provisões necessárias, agindo com grosseria diante dos mensageiros de Davi, chamando-o de vadio. Davi enfurecido jurou matar Nabal e a todos da casa. Quem diria que Davi, o homem a quem Deus considerava íntimo, estava agindo como um miliciano carioca.

Davi é um exemplo do paradoxo pertinente do que significa ser um humano. Somos frágeis e vulneráveis, viemos do pó, todavia fomos criados à imagem de Deus e possuímos um imenso poder e força. Davi sem Deus era o pior dos humanos, e ele entendia isso, e por causa disso buscava a inspiração divina, ou seja, a comunhão com Deus.

Como já dizia Moisés: Se o Senhor não for conosco, não nos faça sair deste lugar, pois é o Senhor que nos faz ser diferente.

Edson M. Felisberto

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Aqui


Perdido? Eu não estou perdido. eu sei exatamente onde estou: Eu estou AQUI!

Eu sou um Capixaba, nascido no Rio de Janeiro. Sempre tive raízes fortes apegada a esse chão. A minha cidade só existe na minha imaginação. Esse lugarzinho não existe de fato porque eu saí de lá. Parafraseando Renato Russo na música “Por Enquanto”, mudaram as estações, mas nada mudou pra quem ficou, pois quem ficou se transformou junto com o lugar, mas eu sei que alguma coisa aconteceu, pois tá tudo tão diferente de quando eu saí. Porém nada irá conseguir mudar o que ficou representado em minha memória.

Essa representação do lugar é o que me faz voltar pra casa, para o meu Jardim do Éden. perfaço o caminho trilhando  entre paisagens que a memória construiu. Viajo entre os "mares de morros" e pastos, sentindo cheiro de café secando nos terreiros e nos coadores de pano, tudo isso misturado ao bom cheiro de esterco dos currais, onde vacas são ordenhadas por aquele homem da roça, homem da terra, o roceiro que sente orgulho de pertencer a um lugar, uma terra, onde mora e  sempre morou... Sem nada mudar; apegado.

Eis a razão pelo qual não encontro mais o lugar da minha infância: todo lugar é um “ser” em eterna migração. Se todo lugar é um migrante, o “aqui” de agora foi um outro “aqui” no passado e será outro no futuro. Kivitz, analisando o livro de Eclesiastes, disse que cada geração é única, tendo sua maneira característica de se apropriar e de recriar a realidade. Os tempos mudam, as técnicas dos homens modificam a paisagem, alteram o curso dos rios, cortam as matas nativas, constroem-se estradas e pontes, extraem a riqueza das pedras, envenenam a terra a água e o ar.

 Assim a paisagem se adapta às mudança a ela submetida. A sensação que tenho é de uma evolução social e territorial onde as esperanças dos homens são tão mutáveis assim como muda a sua consciência ante a dinâmica do tempo.

Porém, houve uma época onde pessoas que não tinham vínculos com a terra e que viviam como peregrinos e estrangeiros. Estes homens buscavam alcançar um lugar que não conheciam, buscavam um lugar onde o único vínculo de fato não era com o lugar, o vinculo era com o Deus do Universo.

Para nós o lugar pode ser aqui, ou aí... Tanto faz...O vínculo que buscamos ter não é com o lugar.

Edson M. Felisberto

Deus conceito e o Pai de Jesus

Deus conceito e o Pai de Jesus


Existiu uma época que eu realmente desejei que Deus não existisse, tinha raiva de mim mesmo por crer em Deus. Eu cria em Deus, e Deus era um fardo pesadíssimo para mim, insuportável. Vou explicar melhor.

Deus, antes de qualquer coisa, é um conceito, Ele existe e Ele vive, porém o concebemos sobre uma base conceitual, duvida? Nas rodas de quebra-gelo ou dinâmicas de grupo, quando se pergunta “o que Deus é pra você”, significa, qual é o seu conceito sobre Deus... e agora te pergunto: como é o seu Deus conceitual?

Quando eu era criança, Deus para mim era “o olho que tudo vê”, de quem deveríamos ter cuidado. Lembro que eu decidi viver sentado no sofá para não correr o risco de pecar por causa do “olho que tudo vê”. Na minha concepção infantil viver era perigoso. O medo de viver sempre foi uma pauta na minha história de vida. Viver significava estar em constante vigília, não queria ir para o inferno. Não queria ter filhos, pois não queria colocar no mundo mais um potencial cidadão do inferno, porque pra mim todo mundo iria para o inferno... Inclusive eu, se bobeasse.

Eu odiava me sentir assim, detestava esse fardo, eu me esforçava para ser perfeito, pra ser aceito, para que Deus olhasse pra mim. Pensa numa relação assim: eu aqui, pecador, querendo agradar a Deus, com minhas obras, me sentindo indigno a todo o momento e carente de Deus, ao mesmo tempo está Deus lá em cima de costa pra mim dizendo que ainda não era bom o suficiente. Mas como ele é misericordioso, de vez em quando ele dava uma olhadinha pra mim, e um sorriso de canto de boca... Tipo coisa de 2 segundos... Diga, conhece esse sentimento? Você sabe do que estou falando, não sabe?

Ah! Sentimento conflituoso... As informações não batiam, eu poderia muito bem me entregar a isso, como muitos o fazem, mas eu não consigo. Servir a Deus tem que ser diferente disso. E tem mesmo.

Convido-te a olhar para Deus como Jesus O enxergava, ou melhor, te convido a ver a Deus olhando para o Senhor Jesus, pois é desta maneira que as escrituras ensinam.

Para o Deus conceito, o mundo é maligno por natureza, e que é um ente caído e sedutor que nós devemos evitar. Para Jesus, o mundo é a nossa estrada para o aperfeiçoamento.  É o nosso chão, benção do qual devemos desfrutar, trabalhar e transcender.

O Deus conceito é irado, violento, impaciente, orgulhoso. É um deus que olha para sua criação com ira vingativa, que só não consome a humanidade pelo amor que sente ao seu filho, Jesus. Quantos pastores você já ouviu pregando isso? Eu já ouvi muitos. Já o Pai de Jesus, é amor e ponto, é assim que ensina as escrituras e é desta forma que meu coração O sente.

Para o Deus conceito, a nossa relação com o homem e para com a cidade é uma relação de imposição e conquista. Para Jesus, o olhar que devemos ter é de compaixão e redenção, significando que devemos trabalhar para que o homem seja transformado, não segundo regras ou imposições, mas segundo uma mudança de entendimento, postura e caráter, e principalmente pelo constrangimento que o amor provoca.

Para o Deus conceito, o seu valor é medido pelo que você faz. Jesus enxuga as suas lágrimas e te abraça.

O Deus conceito abençoa de acordo com o merecimento de cada um. O pai de Jesus é cheio da Graça e do perdão.

O Deus conceito está na espreita para te pegar em alguma falta. Jesus te levanta pela mão, e diz levanta-te e anda.

Posso passar o dia inteiro falando sobre o Deus conceito e o Pai de Jesus, existe um abismo de diferença entre eles. Sei que, você sabe muito bem do que estou falando... Portanto, escolhei hoje a quem quereis servir.

Edson M. Felisberto



“Para mim a beleza do cristianismo reside na sua impossibilidade. Ninguém consegue viver neste mundo como ele é e seguir ao mesmo tempo os ensinamentos de Cristo, em praticamente qualquer interpretação deles. Impossível no tempo dele e no nosso – mas mesmo assim a ideia é você tentar. E esse tentar não deve levá-lo a resvalar em autodepreciação ou em vergonha ou em julgar os outros; ao contrário, deve levá-lo a amar e a expandir a sua empatia: a compreender as falhas dos outros, porque aqui está você, falhando logo ao lado deles.”
Isaac Butler, em The Beauty Of A Faith I Don’t Share

segunda-feira, 22 de julho de 2013

A nossa Jornada

A nossa Jornada

Seja bem vindo amigo visitante, pode chegar, a casa é sua. Descanse um pouco antes de voltar pra sua caminhada. Gostaria de se alimentar? Sei que a vida de peregrino é imprevisível, e que depende de atos de amor de alguns amigos desconhecidos para que possas continuar caminhando. Tire os sapatos, bata o pó lá fora. A honra é toda minha. Tenho um especial apreço e respeito por aqueles que têm a coragem de transpor suas barreiras, deixando todo o peso pra trás.

Um viajante sabe muito bem para onde quer ir.

Como eu queria ter essa coragem. Ser como você... Queria apenas ir, até encontrar o objeto da minha devoção. Saudade de algo que nem sei. Talvez um lugar onde tudo faça sentido. Ou talvez devesse apenas ir...É isso, apenas ir... 

Amigo peregrino, assim como você, também amo a Deus. Sei que deves continuar na estrada, mas, espere mais um pouco, não tenha tanta pressa. Nosso Jesus era assim como você, um peregrino, e ia. Acho que nosso Deus é um Deus de peregrinos, que estão sempre em movimento, que vão... Abraão, Isaque e Jacó, nossos pais, eram peregrinos, e peregrinaram até o fim de suas vidas. 

Percebo agora que aquele que peregrina não conta com um final, o que importa é a estrada, é a jornada, e na jornada vai produzindo frutos de amor... Acho que assim seremos como Jesus, que em sua jornada ia fazendo peregrinos parecidos com ele. 
Amigo, espero que encontres aquilo que procuras... Quanto a mim? Acho que vou caminhando... Obrigado por ter vindo. 

Seja bem vindo Papa Francisco.



Edson M. Felisberto